Os
campuseiros que sempre quiseram ter a sensação de como é pilotar um avião de
verdade podem matar essa vontade na Campus Party deste ano. O desenvolvedor de
software João Ricardo Pagotto trouxe para o evento o simulador que constrói
desde 2004. O equipamento, apesar de estar na área de jogos da arena, não é
simplesmente um game: totalmente montado no Brasil, tem o painel idêntico a um
avião de verdade e é usado no treinamento de pilotos.
"Eu
sou fã de simulador desde 2002, e comecei a achar muito limitado pilotar só com
manche e pedal", afirma o desenvolvedor. Ele construiu do zero um painel
idêntico ao Cessna Grand Caravan, e desenvolveu os APIs para que os comandos do
painel se integrassem com o software do simulador desenvolvido pela Microsoft,
o Flight Simulator. O painel é virtual, com duas telas que mosgtram os comandos
idênticos - e totalmente funcionais - do avião de verdade.
"Começou
como diversão e hoje é uma fonte de renda", afirma Pagotto. Ele aluga o
simulador para aeroclubes, que usam o equipamento nas 40 horas obrigatórias em
um simulador de voo exigidas para que um piloto tire a licença para voar. Além
do painel, o sistema desenvolvido por ele tem também um computador que simula a
torre de controle. "É possível simular de tudo, alterar as condições
climáticas e até simular panes", afirma.
Para que
o equipamento fosse usado em treinamentos de pilotos, ele foi todo construído
em cima das normas da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), com um custo total
de R$ 100 mil. Com um equipamento tão completo, será que os campuseiros
conseguem pilotar a máquina? "Eu queria que os campuseiros tivessem a
sensação de como é pilotar um avião, com todos os seus controles. Mas eu tiro
algumas limitações para deixar mais fácil. Uma angulação errada na hora da
decolagem pode causar uma pane no avião. Com todas as funcionalidades, seria
como pegar um avião pela primeira vez", conta.
Fonte: Ismael Cardoso (Terra) - Foto: Mauro Horita (Terra)
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