sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

França Constrói Porta-Helicópteros Mistral para Rússia

Em fevereiro de 2012, a França vai começar a construir o primeiro porta-helicópteros da classe Mistral para a Rússia, declarou na último dia 23 o vice-diretor do Serviço Federal de Cooperação Técnico-Militar da Rússia, Aleksandr Fomin.


Classificados como LPD, os navios da classe Mistral, também poderiam ser classificados como porta-helicópteros dadas as capacidades que lhe são dadas pela coberta corrida do navio.

Destinados a servir de apoio às forças de reação rápida francesas, os navios do tipo Mistral começaram a ser estudados em 1997 em colaboração com os estaleiros franceses.

Várias das características dos navios são resultado da análise dos pedidos não dos marinheiros e pessoal ligado à navegação, mas sim dos pedidos das forças de fuzileiros navais que em caso de necessidade são transportadas a bordo.


Os espaços interiores e corredores são maiores e mais largos que na maioria dos navios do tipo. Como outros navios do tipo LPD eles transportam uma força de infantaria naval (fuzileiros) com o respectivo equipamento, que pode ser colocada numa praia com o auxilio de lanchas de desembarque que são transportadas dentro do próprio navio.

Especialmente importante é no entanto a configuração da coberta do navio. Os dois Mistral dispõem de uma «coberta corrida» que os faz parecer com porta-aviões.
Na realidade eles estão muito longe disso, mas podem transportar até 35 helicópteros ligeiros ou 16 helicópteros pesados, o que dá ao navio uma capacidade superior aos seus congéneres europeus.


A coberta com os seus seis pontos de aterragem para helicópteros, o navio tem uma elevada capacidade para envolvimento vertical, o que quer dizer que além de poder desembarcar tropas em terra juntamente com o seu material, ele pode ainda enviar forças transportadas por helicóptero podendo efectuar operações de forma combinada e concertada com a força anfíbia de desembarque.
 

Os navios estão equipados com um Hospital, o que permite que seja utilizado como apoio de retaguarda para as forças desembarcadas.

Estes navios vêm substituir navios de desembarque mais antigos e podem mesmo vir a substituir os relativamente recentes LPD da classe Foudre lançados nos anos 90.

Ao contrário de outros LPD, os navios franceses não receberam uma coberta reforçada capaz de resistir a altas temperaturas. Isto faz com que não estejam preparados para receber aeronaves de descolagem vertical como os Harrier / Sea-Harrier e futuramente os F-35. A marinha da França não prevê a utilização deste tipo de aeronave, dado possuir um porta-aviões convencional equipado com jactos Rafale e ter planos para a construção de um segundo porta-aviões ainda maior.


Os navios desta classe são navios de transporte, pelo que podem transportar equipamentos e armamentos conforme a necessidade das missões.

Entre as várias configurações possíveis está a configuração pesada, que permite transportar a bordo de cada navio um batalhão completo com 40 tanques Leclerc.
Outras configurações mais equilibradas permitem o transporte de até 59 veículos blindados, entre os quais um esquadrão de 13 tanques Leclerc.

O navio tem capacidade para transportar 450 militares (além da tripulação/guarnição standard do navio), mas em caso de necessidade pode produzir e distribuir rações e comida de emergência para até 900 pessoas, o que é especialmente útill em caso de necessidade de evacuação de emergência de populações civis.

O numero máximo de 900, também pode implicar a operação de 900 miitares, mas nesse caso apenas em operações de muito curta duração (2 a 5 dias).

Hospital
O navio dispõe de um Hospital com capacidade para 69 camas e uma área de cuidados intensivos, com 7 camas, num total de 20 quartos.

Fonte: Gazeta Russa; Área Militar

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